segunda-feira, 20 de junho de 2011



Se algum dia eu fizer algo que você não goste, amigo, que você ache estranho por estar sendo contigo, não se desanime. Se te machuquei, nunca tive a intenção, aceite minhas desculpas e sorria novamente comigo.

Desculpe por essas manias ruins, por todos os cortes bem intencionados, por todas as palavras grossas, por todas as palavras sinceras, por todas as maldades e por todas as verdades.

Se eu não fizer tudo o que tenho direito com você (e parte do que não tenho também), não faço com ninguém mais. Os outros não merecem nada, então a eles eu nada reservo. Sobra para você, amigo, que aguente tudo, todo o perigo.

Junto de mim.

quarta-feira, 8 de junho de 2011



Coisas que quero, coisas que gostaria, coisas que desejaria. Coisas que são, ou deixam de ser.
Mudar tantas coisas. Mudar-me. Tirar essa mudança de humor que por mim corre, que tantas coisas estraga, que se estraga com tão poucas coisas.

Problemas. Isso que me move. Tenho tantas confusões, tantas desilusões, tantos desentendimentos. Gostaria de descobrir uma forma de poder resolvê-los, sem ter um pai que venha levantando a voz porque você não aceita, porque você não quer, porque não te entende, mesmo sem admitir. Queria ter um mundo só meu, para onde eu pudesse fugir sem que ninguém percebesse, sem que ninguém soubesse como chegar para poder chorar minhas mágoas em paz. Onde elas fossem levadas pelo vento, para depois se dissipar e nunca mais voltar. Onde a alegria pudesse reinar sem a interferência de meu humor. Para poder me afastar de tantas coisas que conseguem me fazer chorar só por estarem acontecendo. E me mandar parar não funciona.

Me afastar. Tão tentador. E tão impossível.
Quem me dera fosse culpa da minha teimosia. Mas é apenas ausência. É aquela sensação de se sentir uma formiga, pequena, perdida e sozinha no meio da multidão, sendo pisada, sem querer, por qualquer um. Nem a formiga entende. Quanto mais os que a cercam. Insignificante.

Queria alguém por perto, um ombro para o qual eu pudesse fugir e só soltar no dia seguinte, depois que os raios de um mesmo sol trouxessem um dia completamente novo, uma nova esperança. Já que as soluções me parecem inviáveis no momento. E da minha maneira de ver, é como se elas não existissem.

Não é que tudo seja tão assim. É só que estou sensível demais comigo mesma, e muitas coisas se aumentam enquanto outras diminuem. Minha tendência a se fechar e só desabafar com uma caneta e papel é bem grande nessa hora. A de achar que ninguém se importa. A de só olhar o lado ruim das coisas.
Não é que eu ache isso certo. É só que queria algo diferente, que me fizesse mais feliz.
Não é que a felicidade não exista para mim. É só que eu tenho que encontrá-la quase sempre por mim e meu reflexo, e me contentar ali. E às vezes, ela não está perto, não é fácil de se acessar.  
Não é que aqui não tenha coisas boas. É só que poderia ser muito melhor.

Me deixe sonhar. Ou venha e torne isso real, de alguma forma.