sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011



     O telefone toca, tarde da noite. O número é desconhecido, mas ele já te ligou várias vezes. É a cobrar, e você, morrendo de curiosidade, vai lá e liga de volta. Lhe pergunta se já está dormindo, e o que você faz, se não sabe quem é? A ligação é ruim. Ele fala como se lhe conhecesse faz tempo, e depois de uns momentos sem nenhum entendimento por nenhuma parte, nem uma resposta para o seu "quem é?", ele desliga. Ele quem?
     Será que eu conheço, ou não? Será que é quem eu penso ser, ou não? Se for, só tenho desculpas a pedir. Se não for, só tenho histórias para rir. Será?
     Esperar. Eu, como qualquer um, já descobriu que é uma das coisas mais chatas que tem. Ainda mais quando não se tem nenhuma certeza, de nada. E ainda assim, não há opção melhor.

Pena de mim por precisar falar tanto com alguém.

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