terça-feira, 19 de abril de 2011


Era uma vez uma menina que era feliz. Inocente e feliz. Era convencida demais, é verdade. E tinha um melhor amigo. Esse melhor amigo a fazia feliz. Estava sempre ao seu lado quando precisava. Brincadeiras aos finais de semana, não tinha escolha melhor. O telefone dele, ela sabia de cor, desde a primeira série. Até que um dia, brincar se tornou algo sem graça. Cinco anos já haviam se passado. A amizade deles era uma coisa ótima. Não, não era maravilhosa como já tinha sido, era só ótima. Na escola, quase nem se davam oi, agora em casa, não tinham segredos.

Só que esses cinco anos trouxeram mudanças. Mudanças que foram afastando os dois. Então, ela percebeu que todos estavam falando dela. E sabia quem tinha contado: a única pessoa que sabia sobre sua vida. A única pessoa em que ela confiava. Seu melhor amigo.

A partir daquele momento, tudo se quebrou. Anos não importaram mais. O amor que o melhor amigo sentia, também não. Ele nunca contou para ela sobre esse amor. Mas ela sabia. Depois, só piorou. Continuaram falando dela, e ela se fechou, com seus próprios segredos, que ninguém mais saberia. Ela percebeu que o ex-melhor amigo sentia falta. Só que o que ele a fez não foi bom, então ela foi má. “Não preciso mais dele. 
Ele não vai fazer falta.” E não fez. Bem pouquinho só. Porque antes as suas tardes eram com companhia, e daí ficaram sozinhas. Só o tempo e ela. Ela não foi burra. Não se deixou abater. Fez como se nada tivesse mudado, nada tivesse acontecido, e levantou a cabeça.

Ela ficou muito desconfiada, de tudo e de todos, é verdade. Não fazia as coisas, para que não falassem mais dela do que já falavam. Mas isso foi a única coisa que considerou ruim. O lado bom é que ela gostava de viver. Aprendeu a encontrar a felicidade nas mínimas coisas. Em uma amizade que parecia improvável, mas que depois virou inseparável. (@xStitch_) Aprendeu que as pessoas não são o que parecem. Aprendeu que não tem liberdade maior do que sonhar. Do que ser feliz sonhando. Se meteu no mundo da internet, e foi viver a vida que queria. Foi bom. Isso a fez mais feliz. Só que não era tudo. Ela precisava de mais, apesar de não considerar isso.

Até que esse tudo mudou. Acabou. Ela teve que mudar de escola, e enfim poderia ter a vida que queria, quando se escondia na internet. Ela tem apenas que tomar cuidado. E todo cuidado é pouco.

Isso tudo que a tornou uma pessoa carente, amigável, feliz, idiota... amável, irritante, desconfiada que é hoje. Carente, principalmente. Isso que a fez aprender a pensar antes de agir. Aprender a querer, aprender a ser sincera, a considerar as amizades, a si mesma e aos outros. Só que ela ainda erra, como qualquer um. Ela não é perfeita. Ela é uma pessoa inconstante, e mesmo que queira dizer que não faz diferença, ela sabe que faz. Mesmo que queira dizer que não precisa, ela sabe que precisa muito mais. E fica realmente feliz por saber que algumas pessoas estão com ela. E que ela nunca vai deixá-los.

E hoje, esses amigos que a fazem feliz. Ela fica ainda mais feliz quando sabe que também os faz feliz. Eu confio e gosto de vocês muito mais do que parece...
@juliapizani @lastfalls @xStitch_ @heyanagabriela @igorsq - entre muitas outras pessoas que não estão aqui, mas que fazem diferença. Ela dedica esse texto e todo o sentimento dele, para vocês ♥


I've been thinking of everything

I used to want to be

I've been thinking of everything

Of me, of you and me



This is the story of my life

These are the lies I have created.


sexta-feira, 15 de abril de 2011



     Medo. Todo mundo tem. E muitos se sentem fracos perante ele.
Existem muitos tipos de medos... e nem cogitei as não sei quantas fobias quase inacreditáveis que existem por aí. Quando lemos uma lista de fobias com nomes estranhos é que percebemos que essa sensação está sempre conosco. Que não é por causa de muita coisa que nos assustamos. Quem não tem medo de nada é porque acha que já testou de tudo. Nessas horas que o "veremos" entra em cena...

Medo. O que essa palavra lhe trás? Eu sinto medo, é verdade. Alguns não gosto de admitir, tenho certeza que tenho coragem para confrontá-los, quando preciso. Quando eu era menor, tive medo do escuro. Depois percebi que ele era apenas o meu quarto sem luz, e quando eu apertava um botão, ele estava ali, igualzinho, sem nenhum monstro à minha espera. Hoje isso me parece uma besteira bem grande, já que toda noite parte do mundo cai na escuridão, e isso nunca vai mudar porque você quer. Só tenho medo do escuro quando não sei o que estará ali quando a luz bater.

     Aí que está. Só temos medo do que não conhecemos. (Até Shakira já disse isso... rs) Do novo. De algo que supomos ser assim, por não estarmos acostumados com tal e qual situação. Uma conversa, se for para ser da mais sincera, nos dará medo, se não temos total confiança na outra pessoa para sabermos o que esperar. E é isso que nos leva a errar, na maior parte das vezes. Porque temos medo, já que não sabemos no que vai dar, e acabamos por não fazer alguma coisa para não ter que descobrir se será ruim. Mas e se fosse boa? Não dá para descobrir se não tentar, se não deixar esse medo de lado. É apenas o fato de se sentir pronto(a) para qualquer que seja o resultado, e seguir em frente.
     O medo está em todas as coisas... algumas nós nem nos damos conta, e só depois, quando ela surge bem na nossa cara, que dizemos 'eu tenho medo disso... muito medo'; e nos assustamos por não ter notado antes. E ele pode ser qualquer coisa, MESMO. Medo não tem limites. O que tem limite é a importância que você dá para ele...
     Ele nem sempre é um problema. Pode, e não pode ser. Depende apenas de você querer vencê-lo ou não. Depende apenas de você entender a natureza dele, e saber que ele não é tudo isso quanto parece, muito menos assim tão assustador :)
     É só não ter medo de descobrir...

sábado, 9 de abril de 2011



    "Ele era alto e magro, carregava um case de DJ pendurado num dos ombros, tinha cabelo preto repicado e grandes e profundos olhos verdes. Seus lábios eram cheios e de um cor-de-rosa natural que a maioria das garotas mataria para ter. Na nuca, uma tatuagem preta no formato de sol quase parecia brilhar na pele branca, subindo pela gola de sua camiseta.
     Diferente dos outros dois, quando esse garoto se virou para olhá-la, encarou fixamente seus olhos e não se moveu. Os lábios numa linha séria, mas os olhos eram quentes e vivos. Ele a contemplou, parado como uma escultura, fazendo Luce congelar também. Ela prendeu a respiração. Aqueles olhos eram intensos, sedutores, e bem, um pouco desconcertantes."
Trecho do livro Fallen, Lauren Kate (pg. 22)
Apenas mais um vilão que me seduziu...